Regiões

CENTRO-OESTE

 
A região Centro-oeste, antes da chegada dos bandeirantes, era habitada por indígenas capturados durante a colonização. Com as bandeiras fazendeiros do sudestes, principalmente das cidades de Minas Gerais e São Paulo, começaram a povoar a região criando vilas que acompanharam a descoberta das minas de ouro e posteriormente diamantes e logo o desenvolvimento da pecuária.
Fortes militares foram criados na região com o objetivo de defender  as fronteiras do Brasil. Em volta desses fortes surgiram povoados, ajudados pelas estradas de ferros e posteriormente rodovias. A construção de Brasília como sede do governo brasileiro, também contribuiu para o povoamento e o desenvolvimento sócio econômico da Região Centro-Oeste.
É formada pelos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A população é formada por tipos característicos, sendo esses, Vaqueiros do Pantanal, Boiadeiros de Goiás, os peões das fazendas de gado, os garimpeiros e os índios.
A cultura do Centro-Oeste brasileiro é bem diversificada, pois recebeu contribuições principalmente dos indígenas, paulistas, mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios. Com a construção de Brasília a diversidade cultural cresceu ainda mais.
 
CRENÇAS E ETNIAS
Composta pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e pelo Distrito Federal, sua cultura é bem diversificada, com elementos da cultura indígena, dos imigrantes paulistas, mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios. 
Entre os traços característicos da população do Centro-Oeste estão: o vaqueiro do Pantanal, o boiadeiro de Goiás, os peões das fazendas de gado, os garimpeiros, os índios com as suas múltiplas formas de cultura como a influência sulista no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e nordestina em Brasília.
De acordo com estudos realizados, a ancestralidade europeia responde por 66,30% da herança da população, a ancestralidade africana responde por 21,70% da e a herança indígena, 12,00%. A composição (ancestralidade) da população de Goiás como um todo encontra-se assim descrita: 83,70% europeia, 13,30% africana e 3,0% indígena. E a do Mato Grosso do Sul: 73,60% europeia, 13,90% africana e 12,40% indígena.
Entre suas manifestações culturais e crenças estão a cavalhada e a Procissão do Fogaréu.
A cavalhada é uma apresentação teatral ao ar livre em que homens montados a cavalo representam uma luta medieval entre Cristãos e Mouros, algumas vezes com enredo baseado no livro Carlos Magno e Os Doze Pares da França, uma coletânea de histórias fantásticas sobre esse rei.
A Procissão do Fogaréu ocorre na cidade de Goiás durante as comemorações da Páscoa, realizadas na quarta-feira da Semana Santa. Esse evento simboliza a busca e a prisão de Cristo. Atrai aproximadamente 10 mil turistas, sendo o único lugar do Brasil que realiza essa manifestação cultural. Tem sua origem na Espanha onde celebrações semelhantes são realizadas nas cidades de Zamora, Seville e Oviedo.
 
CULINÁRIA
Composta por diversas culturas, o Centro-Oeste tem uma culinária variada, é uma mistura das cozinhas indígena, portuguesa, paulista, mineira, nordestina e paraguaia. Dos indígenas vieram pratos a base de mandioca e peixe, os portugueses com os doces, mineiros com pratos a base de porco, espanhóis com o puchero e dos bandeirantes paulistas pratos feitos com carnes secas e farofas (de banana, de carne, de ovo).
Os pratos mais populares no estado de Goiás são o arroz com pequi, guariroba, leitão assado, empadão goiano, galinhada, tutu com linguiça, couve, torresmo, quiabo refogado, biscoito de polvilho e o manjar branco com calda de ameixa. No Mato Grosso uma das receitas mais conhecidas deste local é a mojica, que é feita com o pintado. Os peixes são muito consumidos, pode-se citar o pacu, pacupeba, piabucu, piraputanga e dourado. O acompanhamento geralmente é a banana da terra.No Mato Grosso do Sul a maioria dos pratos são feitos com peixes e carne, entre eles o arroz de carreteiro com charque, moqueca de peixe, pacu assado, caldo de piranha, doces de abóbora, mamão, caju e o licor de pequi. E no Distrito Federal encontra-se de tudo: pato no tucupi, feijoada, churrasco, galinha ao molho pardo, enfim, além da influência estrangeira, há uma mistura da culinária das regiões do Brasil.
 
MÚSICA
A região centro-oeste é composta pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e pelo Distrito Federal.
Música Sertaneja ( Goiás )
Rasqueado ( Viola-de-Cocho), Polca paraguaia, Guarânia e Chamamé ( Mato Grosso )
Vanerão Gaúcho ( MS )
Punk, Rock, MPB ( Goiás e Distrito Federal )
MÚSICA SERTANEJA ( GOIÁS )
" Sua música se caracteriza por suas letras românticas, por um canto triste que comove e lembra a senzala e a tapera, mas sua dança é alegre "
Inicialmente tal estilo de música foi propagado por uma série de duplas, com a utilizaçao de violas e dueto vocal. Esta tradição segue até os dias atuais, tendo a dupla geralmente caracterizada por cantores com voz tenor( mais aguda ) , nasal e uso acentuado de um falsete típico. Enquanto o estilo vocal manteve-se relativamente estável ao longo das décadas, o ritmo, a instrumentação e o contorno melódico incorporaram aos poucos elementos de gêneros disseminados pela indústria cultural.
POLCA PARAGUAIA ( MATO GROSSO )
Também chamado de Danza Paraguaya, é um estilo musical criado no Paraguai no século XIX. A Polca paraguaia e suas principais derivações, guarânia e chamamé, são gêneros musicais que representam importantes aspectos de identidade cultural não só do Paraguai, mais também das regiões Norte da Argentina e Centro Sul do estado brasileiro do Mato Grosso do Sul do Brasil, a assimilação das configurações musicais desse gêneros encontra-se em processo de transformação, apontando para o surgimento de um gênero híbrido que o músico brasileiro chama de "rasqueado". Componentes estruturais mais próximos dos modelos originais podem ser ainda detectados no trabalho de músicos e intérpretes paraguaios estabelecidos em Campo Grande, bem como no de seus descendentes e sul-mato-grossenses identificados com o repertório sertanejo tradicional.
VANERÃO GAÚCHO ( MATO GROSSO DO SUL )
Nasceu de origem Alemã e se desenvolveu no Rio Grande do Sul. Foi levado a Mato Grosso do Sul que para la partiram em busca de novas fronteiras agrícolas no século XX. Hoje pode se encontrar grupos famosos responsáveis pelo ritmo na região Centro-Oeste.
Também conhecido como limpa-banco. Quanto a forma musical, o vanerão pode ser constituído em três partes(rondó), utilizado em ritmos tradicionais brasileiros como o choro e a valsa. Quando cantado, dependendo do andamento e da divisão rítmica da melodia, exige boa e rápida dicção por parte dos integrantes. O vanerão exige bastante energia, tanto dos músicos, quanto dos bailadores.
RASQUEADO ( MATO GROSSO )
O rasqueado é um estilo de música e de dança regional do centro-oeste brasileiro, mais precisamente na Região Metropolitana de Cuiabá onde se localiza a capital do estado de Mato Grosso, Cuiabá.
Este ritmo surgiu quando prisioneiros paraguaios ficaram confinados na margem do rio Cuiabá, hoje município de Várzea Grande, durante a Guerra do Paraguai, desse contato dos refugiados com a população ribeirinha e da mistura do violão paraguaio com a viola-de-cocho surgiria o rasqueado.
Curiosidade :
O rock, axé, funk, forró, tecno brega, eletrônica são ritmos com grande destaque, principalmente, nas regiões metropolitanas. No interior, é mais fácil se deparar com as modas de viola e duplas, músicas mais tranquilas, lembrando que isso não é regra.
 
DANÇA
Na região é presente danças como a Catira onde os homens ficam de frente um para o outro e ficam sapateando e batendo palmas conforme o ritmo da música,  tem um violeiro que é quem começa a dançar e depois os homens batem o pé e a mão e logo dar seis pulos esses passos são chamados de serra abaixo e serra acima. A dança só termina quando fazem o passo Recortado onde as duas fileiras trocam de lugar e o violeiro passa no meio das fileiras, essa dança é brasileira porém de origem desconhecida. 
Tem uma dança em que é feito uma roda com uma pessoa no meio e todos cantam e dançam conforme o ritmo do tambor, essa dança é chamada tambor e os passos mais ultilizados são o Serrador, Negro Velho e Jiquiaia e assim os dançarinos vão trocando de posição frequentemente para que todos passem no meio da roda.
Também temos a dança do vilão que se divide em os músicos, regente, balizadores, batedores e chefe do grupo, os batedores batem no bastão dos dançarinos com um bastão de madeira. Tem muitas coreografias e de movimentos rápidos, além de que a dança é conforme o ritmo e o apito do regente.
Danças como a Boi-à-Serra, Siriri, Cururu, Dança de São Gonçalo são danças presentes no Mato Grosso, onde uma das danças mais antigas é a do Siriri em que homens e mulheres dançam em dupla em fileiras ou rodas e é usadi instrumentos como o mocho, o cocho e o ganzá para que possam bailar, assim  uns batem palmas e outros cantam o Baixão  e em fileiras vão trocando de pares. A dança de São Gonçalo é uma dança em que os fiéis dançam assim que os pedidos  ao Santo são atendidos, constumam dançar em fileiras e assim vão marcando passos com os pés e mãos e é ultilizado instrumento como o cocho e o ganzá. O cururu os homens dancam a homenagem dos santos e citam passagens biblicas, além de cumprimentar as pessoas enquanto dançam. Boi-à-Serra é realizada durante o carnaval e festas no interior, é feito um boi com tecido, arames, etc.. e uma pessoa coloca-o nas costas e sai daçando e brincando pelas ruas.
As danças de quadrilhas é a mais comum da capital do Brasil, e recebe influencias de dança como o bumba-meu-boi, o forró e o sambal.
Temos também a dança de sarandi também conhecida como cirandinha onde os pares dão voltas e vão trocando os pares, e só acaba quando todos os homens cantam todos versos da música.
A dança polca de carão é de salão onde todos dançarinos é esnobado pelo seus pares, outras danças típicas da região são o arara, carangueijo, catira, engenho novo, xote, chupim e engenho de maromba.
 

NORDESTE

 
A região Nordeste foi o berço da colonização portuguesa no país, de 1500 até 1532, devido ao descobrimento por Pedro Álvares Cabral com o objetivo de colonização exploratória, que neste caso consistia em extrair pau-brasil. Com a criação das capitanias hereditárias, deu-se o início da construção da primeira capital do Brasil, Salvador, em 1549. Desde o início, foi criado o governo-geral no país com a posse de Tomé de Sousa. O Nordeste foi também o centro financeiro do Brasil até meados do século XVIII, uma vez que a Capitania de Pernambuco foi o principal centro produtivo da colônia e Recife a cidade de maior importância econômica. Essa região que inicialmente era ocupada pelos indígenas, hoje se divide em nove estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
 
CULINÁRIA 
Foi formada da mistura de influências portuguesa, indígena e africana. Essa mistura foi sendo formada no período colonial.
Sendo uma culinária marcada de temperos fortes e apimentada. As comidas típicas nordestinas quase sempre são utilizadas de vegetais, que eram cultivadas pelos índios antes da colonização.
As principais influencias são de origens africanas. Ela se estende principalmente pela costa de Pernambuco á Bahia. No restante da costa e no interior, não há tanta influencia africana. Mesmo sendo uma culinária fortemente africana, no dia-a-dia alimenta-se de pratos herdados de vertente portuguesa.
 
MÚSICA
      No nordeste o forró romântico e elétrico esta ganhando mas força nos ultimos anos. Já o xote,baião,axé,reggae,pagode baiano,MPB,arrocha. São ritimos musicais que fazem parte da cultura dessa região . Ao contrário do que muitos pensam do nordeste, não tem apenas forró e pagode ou axé . No nordeste tem vários outros estilos dentre eles temos muito rock (sim temos rock e muito rock). Mas não ganha destaque no nordeste por falta de oportunidade . E toda essa influencia musical veio dos indígenas, africanos e europeus. Os costumes e tradições muitas vezes variam de estado para estado. Um belo exemplo disso é o maracatu, uma manifestação folclórica pernambucana praticada em todas as regiões do Brasil, reflete a miscigenação étnico-cultural entre africanos, indígenas e portugueses. E o Afoxé Filhos de Gandhy, em Salvador, Bahia que tem mais influencia do continente africano e com toda seguimento a Gandhy um advogado que com seus pensamentos se tornou lider do movimento pela independência da Índia .
 
ETNIAS/CRENÇAS 
Para a formação do povo nordestino participaram três etnias: o índio, o português e o africano. A porcentagem Cor/Raça (2006), Parda 62,5%%,Branca 29,2% ,Preta 7,8% ,Indígena e amarela 0,5% . A miscigenação étnica e cultural serviu para a composição da população Nordestina, porém essa mistura de raças não aconteceu de forma homogênea. Em algumas regiões, como no Ceará, na Paraíba e no Rio Grande do Norte, predominaram os caboclos já em outras, como a Bahia, Piauí, Pernambuco Oriental e o Maranhão, os mulatos predominam já os cafuzos também são muito comuns no Maranhão. E um quarto tem ancestralidade preponderantemente européia, porém, portuguesa. Pesquisas apontam que 19% desses nordestinos brancos têm alguma ancestralidade holandesa. 
Estima-se que no Nordeste 90% são católicos, 7% seguem outras religiões e apenas 3 % são ateus. Deixando claro que a religião predominante é a católica e a causa disso foi à colonização portuguesa que como a culinária e a língua sofreu mudanças profundas gerando assim, várias seitas e comunidade. Foram trazidas pelos escravos crenças como o espiritismo, umbanda, macumba, candomblé, quimbanda, vodu, xintoísmo e xangô. O Candomblé que até hoje possui diversos adeptos consiste num culto dos orixás que representam as forças que controlam a natureza e seus fenômenos. É de origem africana é foi introduzido no país pelos escravos negros, na época do Brasil colonial. Na Bahia, esse culto é chamado de candomblé, em Pernambuco, nomeia-se xangô, no Maranhão, tambor de menina. Também no Maranhão tem a Festa de São José de Ribamar, Santo padroeiro do Estado, assim como várias outras festas de santos que acontecem na Capital e no interior maranhense.
 
 DIALETO
O dialeto nordestino é rico e cheio de gírias próprias. Foi através do nordeste do país que a língua portuguesa se fixou em nosso território. O início da colonização portuguesa se deu justamente entre os estados de Pernambuco e Bahia.
Nas cidades interioranas é caracterizado por apresentar forte som dental nas consoantes /d/ e /t/, muito presente no interior da Bahia, Rio Grande do Norte e Sergipe.
O dialeto baiano é o falando na Bahia e nas regiões limítrofes, sofre influencia de outros estados como Minas Gerais, Goiás e Tocantins. Tem como uma forte característica a forma cantada de se falar e as  gírias típicas como “Vixe” e “Massa!”.
O dialeto recifense é caracterizado pela fala rápida e pela acentuação do T. O dialeto pernambucano é muito parecido com o da Bahia porém tem a presença de um sotaque mais forte e melodioso.
Uma peculiaridade gramatical do português falado no Nordeste é a omissão do artigo definido antes de nome próprio com a função implícita e instintiva de diferenciar objetos, animais e coisas de pessoas e afins, poupando assim artigos que seriam desnecessários. 
Exemplos do dialeto nordestino são: Se aprochegue - Venhra pra cá; chegue mais perto; Troço – Objeto pessoal; coisa Pé de cana – cachaceiro; Vixe ou Vije - interjeições de espanto; entre outros.
 

NORTE

 
A região norte do Brasil é a maior em extensão territorial, mais precisamente, 3 869 637,9km²que corresponde a 42,27%, quase metade do território nacional. Ela é composta por sete estados, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Os primeiros habitantes da Região Norte, como no resto do Brasil, foram os indígenas, que compartilhavam uma diversificada quantidade de tribos e aldeias, do período pré-colombiano até a chegada dos europeus. O século XVII marca a chegada dos portugueses ao local, onde construíram fortes militares para defender a região contra a invasão de outros povos, em 1616, ocasionando na fundação de Belém. As riquezas da Floresta Amazônica também passaram a ser de interesse da Coroa Portuguesa.Com os exploradores portugueses, vieram os missionários católicos para a região, com o objetivo de catequizar os índios. Os índios eram reunidos pelos missionários em aldeias, chamadas de missões, sendo que muitas delas deram origem a várias cidades, como Borba e Óbidos.
Os brasileiros de outros estados, principalmente nordestinos, vieram para a Região Norte a fim de trabalhar na extração da borracha. Muitas famílias japonesas vieram trabalhar nas colônias agrícolas
Durante as décadas de 60, 70 e 80, os governos militares implantaram um grande plano de integração dessa região com as demais regiões do Brasil, incluindo a construção de várias rodovias (como a rodovia Transamazônica), instalação de indústrias e a criação da zona franca de Manaus.
 
ETNIAS E CRENÇAS
Os números de etnias indígenas são: 250 dentro das terras indígenas, 300 fora delas. Do total de indígenas declarados ou considerados, 672,5 mil (75%) declararam o nome da etnia, 147,2 mil (16,4%) não sabiam e 53,8 mil (6%) não declararam. A maior etnia é a Tikúna, com 6,8% da população indígena. Também foram identificadas 274 línguas, sendo a Tikúna a mais falada (34,1 mil pessoas). Dos 786,7 mil indígenas de 5 anos ou mais, 37,4% falam uma língua indígena e 76,9% falam português. 
Há uma escala imensa de crenças, há uma riqueza imensa de lendas na região Norte.O Amazonas é imenso na extensão territorial, mas é também profundamente rico no que diz respeito a seus costumes, principalmente no que se referem a costumes, crenças e supertições, por exemplo:Se alguém estiver ferimento e realizou algum procedimento cirúrgico, não deve comer o pirarucu por ser um peixe “remoso”, ou seja, acaba piorando o ferimento, infeccionando ainda mais. Algumas pessoas creem que se a mulher estiver menstruada não deve se aproximar do rio,em canoa ou barco, pois pode ser atacada por um boto, o qual tem seus encantamentos de homem.A quem diga que a mulher pode engravidar e o filho, nascido sem pai, pode ser do animal.
 
DIALETO
O sotaque nortista é encontrado em boa parte dos habitantes da região amazônica (ou seja, a região norte do Brasil) e de seus sete estados. Segundo a geografia da língua portuguesa, o Brasil possui 11 dialetos, sendo esse encaixado como “dialeto nortista“. 
A região norte do Brasil tem pelo menos dois sotaques de destaque: o tradicional sotaque, utilizado pela maioria dos habitantes da área, nas duas maiores cidades (Belém do Pará e Manaus), totalmente em 4 dos 7 estados da região (Acre, Amazonas, Roraima e Amapá) e parcialmente em 1 (Pará); enquanto outro sotaque é utilizado pelos “imigrantes de 70″ e seus descendentes: na região sudeste do Pará (região de Carajás), no Estado de Rondônia e no Estado de Tocantins: um sotaque derivado de misturas de nordestino, mineiro, capixaba, goiano e gaúcho.
Tem como símbolo o correto emprego de verbos na segunda pessoa do verbo, exemplo: “tu fizeste”,”tu és”, “tu foste”, “tu chegaste”, além do “r” e “s” como de carioca, “d” com som de “dj” e “t” com som de “tch”, tendo como fama também uma pronúncia mais clara. Também tem o som de “l” e “li” palatalizado, como “famílhia” (família) ou “palhito” (palito).
 
CULINÁRIA
A culinária do Norte do Brasil possui forte influência indígena, muitos pratos com peixes, e carnes de caça. São muito consumidos também o milho, mandioca, farinha d'água, farinha seca, farinha de peixe, guaraná em pó, açaí, cupuaçu e castanhas. Além das fortes influencias indígenas, a culinária da região norte também é bastante influenciada por outras regiões, as quais vão se unindo e modificando.
TOCANTINS - A culinária recebe diversas influências de outros lugares, como São Paulo, Minas Gerais, e Portugal. Os pratos mais famosos do estado são o Peixe no Leite, Caldeirada e a Paella.
RORAIMA - Os pratos típicos incluem torta de carne de sol, tapioca, maurida, mugica de peixe, e paçoca de banana, as bebidas locais apreciadas são o suco de açaí, caixiri, suco de cupuaçu, o vinho de Buriti entre outros.
RONDÔNIA - Assim como seus estados vizinhos a culinária é feita a base de peixes e frutos do mar. Entre os temperos usados na cozinha dos rondonienses estão o cheiro verde, a chicória e a cebolinha. Algumas das comidas comuns são a Caldeirada de Tucunaré, Maniçoba, Doce de Cupuaçi e Caruaru.
PARÁ - Entre ingredientes utilizados na cozinha incluem crustáceos como o camarão, o caranguejo e o marisco, carnes de aves como o pato também são muito apreciadas. Alguns pratos são servidos em cuias, em panelas de barro ou até em casulos de folhas de banana. Os assados são feitos em moquéns molhados no tucupi. A cozinha, baseada na cozinha indígena, possui ingredientes exóticos como ovos de diversas aves e até larvas de inseto.
ACRE - Suas comidas típicas herdaram ingredientes da gastronomia paraense, nordestina e sírio-libanesa. É muito consumido no dia a dia do acriano o mingau de bananas e tapiocas, tacacás, cuscuz de milho, quibes de macaxeira e arroz entre outros. Entre outros pratos estão: a Panelada (buchada de boi), Pato no Tucupi, Carne de Sol, Baião de Dois, Quibe cru ou assado.
AMAPÁ - Utilizando de vários ingredientes da Amazônia, os amapaenses preparam deliciosos pratos como o Camarão ao Bafo, o Tucunaré na brasa e a Pescada de Gurijuba. O Amapá também é a origem do Açaí, fruto do qual é extraído o famoso suco, apreciado por todo o país e no exterior. O açaí também é consumido com carnes, peixes e frutos do mar. O peixe mais apreciado no estado é o Gurijuba. 
AMAZONAS - Recebeu influências da cozinha portuguesa e africana. Quase todos os alimentos utilizados são extraídos da riquíssima mata Atlântica. Frutos, peixes, raízes (como a mandioca) são os ingredientes mais tradicionais. O tempero amazonense é feito à base de coentro, limão, cebolinha, salsinha e sal. Alimentos como a tapioca recheada com tucumã e queijo coalho, a pamonha, o mungunzá estão presentes nas refeições .Um prato muito apreciado é o Tacará, uma espécie de sopa.
 
MÚSICA 
         Não pode-se falar de musica e não citar um dos maiores festivais do norte: Festival Folclórico de Parintins é uma festa popular realizada anualmente no último fim de semana de junho na cidade de Parintins, Amazonas.
O festival é uma apresentação a céu aberto de diversas associações folclóricas, sendo o ponto mais importante do evento a disputa entre dois bois folclóricos, o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul. A apresentação ocorre no Bumbódromo. O Festival de Parintins se tornou um dos maiores divulgadores da cultura local. Durante as três noites de apresentação, os dois bois exploram as temáticas regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos através de alegorias e encenações. 
  Encontrasse muitas manifestações culturais na região amazônica, e é nas musicas que encontramos as melhores obras, canções que cantam a floresta, as belezas naturais são temas recorrentes, principalmente a chamada MPA, musica popular amazônica, um dos grupos musicais mais importantes desta vertente se chama Raízes Caboclas, grupo que é autor de musicas que até hoje são consideradas as mais belas já compostas sobre a região, como a canção Porto de lenha, que é considerada até hoje um verdadeiro hino à região. Outra vertente importante é as toadas do Boi-Bumbá, Garantido e Caprichoso são responsáveis por canções antológicas que primam pela beleza e ritmo contagiante.  
    A musica instrumental também é muito valorizado na região, o saxofonista Teixeira de Manaus tem seu trabalho reconhecido nacionalmente. O compositor e sambista Chico da Silva autores de musicas de sucesso nacionais e reconhecidos internacionalmente. Muito da musica do norte te uma alta influencia nordestina, devido a alta imigração de nordestinos, mas também encontramos traços indígenas muito marcantes, que tornam uma verdadeira maravilha cultural.
 Ritmos típicos da região Norte, mais especificamente do Estado do Pará, são o carimbó e o siriá. No carimbó, os maiores representantes são o Pinduca e o Mestre Verequete. Cantoras famosas paraenses, por exemplo, são a Jane Duboc e a Leila Pinheiro, mas elas não cantam músicas tipicamente regionais. A banda Calypso é do Pará. Outro compositor paraense é o Billy Blanco, que compôs uma música chamada "Amanhecendo" (Sinfonia Paulista) que se tornou praticamente um hino da cidade de São Paulo. No campo da música erudita, grandes compositores do Norte são: Waldemar Henrique, Jayme Ovalle, Altino Pimenta, Meneleu Campos, Henrique Gurjão (todos do Pará) e o Cláudio Santoro (do Amazonas)
 
DANÇA
O Norte possui uma extensa variedade de danças, entre elas destacam-se: 
Carimbó - O carimbó é um estilo musical de origem negra, é uma manifestação cultural marcante no estado do Pará. A dança é realizada em pares, onde são formadas duas fileiras de homens e mulheres, quando a música é iniciada os homens se direcionam às mulheres batendo palmas; formados os pares, eles ficam girando em torno de si mesmos.
Brega - Diferentemente da grande maioria do país, que utiliza a palavra “Brega” como adjetivo pejorativo, nos estados da região Norte, o vocábulo adquire um sentido positivo; trata-se de um substantivo. Isto é, o termo é usado para designar um tipo de música que há décadas é produzida nas regiões Norte e Nordeste e cujo consumo é componente estrutural dos grupos sociais locais e da identidade regional.
O sucesso em shows públicos proporcionaram o aparecimento no cenário nacional de grupos de música cuja performance tem semelhanças com os grupos baianos de axé music. As bandas mais conhecidas na região são Cheiro Verde, Tanakara, Calypso, Los Bregas e Fruto Sensual. O surgimento das bandas tem produzido sucessivas mudanças na música brega, através da incorporação de ritmos musicais como o calypso caribenho, a lambada, o axé music e o carimbó.
Gambá (toda a região) – dança de terreiro, o Gambá é constituído de brincantes, um “marcador”, um grupo de quatro cantores, uma mulher solista e seu parceiro. Os demais formam uma roda ou duas fileiras que envolvem o par so-lista e batem palmas no ritmo executado no “Gambá”, isto é, um tambor feito de tronco de árvore com cerca de um metro de comprimento. A dança se inicia com uma mulher que acena um lenço grande colorido, requebra e mexe o cor-po voluptuosamente de modo a provocar o entusiasmo dos demais. Depois de alguns momentos atira-o aos pés de algum dançador do grupo. Este recolhe o lenço e sai em perseguição da dama, que simula fugir das investidas do cavalheiro. O cavalheiro então simula desinteresse e a dama passa a provocá-lo com movimentos lascivos, sempre com auxílio do lenço. A dança termina com a aceitação do cavalheiro que, com a dama, improvisa movimentos sensuais.
Dança do Maçarico-Essa dança é constituída de dançarinos em duplas que fazem cinco movimentos durante a Dança do Maçarico: Charola, Roca-roca, Repini-co, Maçaricado e 'Geleia de Mocotó'. Os passos variam entre lentos e ligeiros e a umbigada. As músicas que embalam os dançarinos são tocadas com a ajuda da viola, tambores, rabeca e sanfonas.
 

SUDESTE

 
A região Sudeste tem uma formação cultural muito diversificada, em razão da centralização do poder econômico nos grandes centros urbanos, e dos atrativos oferecidos pelos litorais e as cidades históricas do interior de Minas Gerais. Basicamente de origem portuguesa, porém sofre influência das diversas colônias de imigrantes, com destaque para os italianos e japoneses; Enquanto a influencia indígena e africana se vê presente na culinária e na música.
 
DIALETO
O dialeto paulista tem muitas diferenças dentro do mesmo estado. Os paulistanos (capital) falam de uma maneira, já o pessoal do interior de outra. Algumas cidades interioranas tiveram influência americana, enquanto que o dialeto da capital teve uma forte influência da colonização europeia. O maior símbolo da fala das cidades do interior paulista, talvez seja a forte pronuncia da letra R. Há também algumas termos que tem significados diferentes como “mina” e “mexerica” que significam menina e tangerina respectivamente.
O dialeto mineiro apareceu durante o século XIX, após a decadência da mineração, quando o estado foi largamente esquecido, com seu acesso ao mar bloqueado por florestas e altas montanhas. Devido a esse isolamento a região sudeste de Minas Gerais sofreu influencia do dialeto do Rio de Janeiro, enquanto o sul e a região do Triangulo mineiro passaram a falar o dialeto caipira de São Paulo. A região central de Minas Gerais, contudo, desenvolveu um dialeto próprio, que é o conhecido dialeto mineiro, que apresenta vogais curtas e sílabas fundidas em outras.
O dialeto fluminense é o dialeto falado no estado do Rio de Janeiro e em algumas regiões vizinhas Sua origem encontra-se em algumas regiões portuguesas, possivelmente mais acentuada depois da vinda da corte ao Brasil, no início do século XIX. Sua principal característica é o S acentuado formando o som X no final das palavras. 
O dialeto capixaba não é muito famoso e sofre muita influencia mineira e fluminense. É muito marcado por gírias como “pocar” usado no lugar de encher, por exemplo, “Vou te pocar de porrada.”.
 
LITERATURA
A primeira escola literária que se expandiu para o sudeste foi o arcadismo, no século XVIII na região das Minas Gerais, porém não teve muita expressão nessa região por muito tempo. Em 1924 um grupo de intelectuais paulistas ligado à Semana de Arte Moderna fez uma histórica viagem às cidades coloniais mineiras. Entre os integrantes estavam Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral através do qual os paulistas começaram a ver o Brasil com outros olhos. Outra tendência que se destacou muito nessa região foi o Romantismo que trouxe grandes nomes como Vinicius de Moraes e Alvares de Azevedo. Alguns autores do sudeste são: Fernando Sabino, Guimarães Rosa (Minas Gerais) ; Monteiro Lobato, Lygia Fagundes Telles (São Paulo).
 
CULINÁRIA
A culinária da Região Sudeste é muito diversificada, com cada estado com seu prato típico. 
No Rio de Janeiro a comida típica é a feijoada. . Com origem no Norte de Portugal, onde é feito com feijão branco no noroeste português ou feijão vermelho no nordeste português e, geralmente, inclui também outros vegetais juntamente com a carne de porco ou de vaca.
São Paulo não possui uma cozinha típica, dado que cada comunidade de imigrantes manteve seus hábitos alimentares, embora a influência italiana seja predominante, com a pizza que teve origem no Sul da Itália, logo após recebendo o nome de “picea”, na cidade de Nápoles, considerada o berço da pizza, e trazida para o Brasil por imigrantes italianos.
No Espírito Santo, o prato típico é a moqueca. De origem indígena, e originalmente feita numa grelha de varas ou ainda apenas folhas de árvores cobertas por cinzas quentes.
Minas Gerais tem uma das cozinhas mais expressivas do país, incluindo pratos como o pão de queijo. Tendo sua origem incerta, em tempo de crise recorreu-se à cultura indígena: primeiro surgiu a goma, vindo da mandioca sob a forma do polvilho doce ou azedo; depois a gordura de  porco, o sal, o ovo, o leite, a nata, a manteiga e por último o queijo, que aos poucos incorporou-se  ao  biscoito  de goma moldados sob a forma de pequenas bolinhas e finalmente assados.
 
MÚSICA
A música da região Sudeste é marcada por ter uma forte influência africana, tendo em vista que o seu principal gênero, o samba, segundo alguns historiadores, é originado do “semba”, ritmo africano que no Brasil é conhecido como umbigada, e se disseminou por alguns estados do território brasileiro, como a Bahia, onde foi inventado o samba de roda, que posteriormente foi levado ao Rio de Janeiro.
No final da década de 1920 o samba foi se consolidando no Rio de Janeiro, principalmente nos morros, de tal maneira que foi visto com preconceito por ter origens negras.
Apesar de ser criminalizado pelas elites, o samba já começava a se tornar uma identidade carioca, então surge um subgênero do samba para representar a zona sul do Rio de Janeiro: a Bossa Nova, que unia a cadência do samba com o jazz americano.
Algumas décadas depois, mais precisamente em 1980, o samba volta a se sobressair, através de mais um subgênero, esse com raízes mais populares: o Pagode, representado por duas tendências: uma mais ligada ao passado, e outra com um apelo mais romântico.
Simultaneamente o samba também se desenvolveu em São Paulo, na capital, já que o interior do estado era, e é até hoje dominado pela música caipira, posteriormente chamada de música sertaneja que se expandiu até pelos interiores de outros dois estados do Sudeste, Minas Gerais e Espírito Santo.
 
CRENÇAS E ETNIAS
Os primeiros povos a habitar a região sudeste foram os nativos indígenas e logo após os portugueses que explorou a região rica em pau-brasil. Foram fundadas pelos portugueses as primeiras vilas no país, sendo Vila de São Vicente a primeira delas. Em busca de índios para ser escravizados, os portugueses saíam em grupos à procura, os mesmos recebiam os nomes de entradas e bandeiras. Durante as expedições pela atual região sudeste encontrou em Minas Gerais minas de ouro e metais preciosos.
Os primeiros povos a estar em solo brasileiro foram os africanos trazidos para ser escravizado, trabalhar nas lavouras e extração de pedras preciosas, com a lei Eusébio de Queiróz de 1850 ficou proibido o tráfico negreiro e em 1888 foi assinada a Lei Áurea que pôs fim a escravidão.
Os suíços chegaram entre 1819 e 1820 para povoar a região de Nova Friburgo no Rio de Janeiro. Em 1824 os alemães já estavam por Nova Friburgo e outras regiões do Rio de Janeiro e no interior do Espírito Santo em 1847. Os italianos vieram trabalhar nas fazendas cafeeiras basicamente no estado de São Paulo,.Foi criado um hotel para suportar o número de imigrantes que somou, durante os anos de 1882 e 1978, 2,5 milhões de pessoas de 60 etnias diferentes que gerou um ganhou étnico-cultural de valor inestimável à nação. Há ainda, a notável presença de espanhóis (galegos e também andaluzes), libaneses, sírios, japoneses entre outros povos que suscitou o aparecimento do melting pot (caldeirão) utilizado para expressar o quanto era heterogêneo a população do Brasil.
Em termos de migração para o sudeste pode-se destacar a nordestina. Durante os anos de 60 a 80, com o auge da industrialização, foi intensa a vinda de nordestinos, que devido principalmente ao problema da exploração social e do trabalho na economia rural nordestina, eventualmente justificada pela seca, somados com a pouca oferta de empregos de suas regiões foram “obrigados” a sair para outros lugares. Atualmente acontecesse à "migração de retorno" no ano de 2000, saíram do estado de São Paulo de volta para o Nordeste 457 mil pessoas, enquanto outras 400 mil fizeram o caminho inverso.
Foi publicado por meio de pesquisas que as origens étnicas/raciais do sudeste do Brasil em 2006 foi de: 
Brancos – 58,8%                                    Pretos – 7,7%
Amarelos/Indígenas – 1,0%                   Pardos – 32,5%
 
Na região Sudeste as lendas do lobisomem, mula-sem-cabeça, Iara e da Lagoa Santa fazem parte do imaginário popular. 
A Lenda do Saci data do fim do século XVIII. Durante a escravidão, as amas-secas e os caboclos-velhos assustavam as crianças com os relatos das travessuras dele. Seu nome no Brasil é de origem Tupi Guarani. Em muitas regiões do Brasil, o Saci é considerado um ser brincalhão enquanto que em outros lugares ele é visto como um ser maligno. 
É uma criança, um negrinho de uma perna só, que fuma um cachimbo e usa na cabeça uma carapuça vermelhahttps://sitededicas.ne10.uol.com.br/folk_saci_perere.htm que lhe dá poderes mágicos, como o de desaparecer e aparecer onde quiser. Existem 3 tipos de Sacis: O Pererê, que é pretinho; O Trique, moreno e brincalhão e o Saçurá, que tem olhos vermelhos, como tochas de fogo.
 
RELIGIÃO
Devido à influência portuguesa, a maior parte da população compartilha da fé católica, embora há crescentes aderentes do protestantismo e, em menor medida, seguidores do judaísmo, budismo, islamismo, espiritismo e religiões afro-brasileiras.
 

SUL

 
A Região Sul do Brasil é caracterizada por aspectos culturais marcantes e um pouco diferentes em relação às outras regiões do país. Foi uma região que sofreu influências principalmente dos imigrantes europeus, os alemães, italianos, poloneses, açorianos etc. Além da influência hispânica que se faz muito presente no estado do Rio Grande do Sul.
Os sulistas possuem uma identidade cultural muito forte, alguns estados menos, como é o caso do Paraná que tem alguns aspectos em comum com estados do sudeste, e outros mais, como o Rio Grande do Sul que já tentou se tornar um estado independente, e tem mais aspectos em comum com o Uruguai e a Argentina, países com os quais faz fronteira, do que com os outros estados do Brasil.
O Sul do Brasil tem várias peculiaridades, uma delas é o dialeto, ou poderia se dizer os dialetos, pois além do dialeto sulista, há também dois específicos: o do estado do Rio Grande do Sul e o da cidade de Florianópolis. Na capital do estado de Santa Catarina se formou um dialeto próprio através da influência, principalmente, dos imigrantes da Ilha de Açores, e da Ilha da Madeira. Quanto ao gaúcho, a influência maior é da língua espanhola, além das línguas indígenas e dos imigrantes europeus.
 
CULINÁRIA
A culinária local também tem destaque, através de pratos como o barreado, que é típico do litoral do Paraná, preparado com carne de boi, toucinho e alguns temperos. Essa iguaria passa 12 horas, enterrada sob o processo de cozimento. Em Santa Catarina são comuns o pirão de peixe, a marrecada e os pratos feitos a partir do camarão, enquanto no Rio Grande o churrasco com sal grosso, acompanhado do chimarrão - uma bebida típica gaúcha - é o mais comum.
 
CRENÇAS/ETNIAS
As crenças gaúchas também são marcantes, como a existência dos angueras, que segundo os gaúchos dos pampas – região do estado -, são almas que andam pelos campos e servem para explicar os estalos nos móveis, barulhos nos telhados, ou vozes escutadas misteriosamente. Outra crença é o patuá carregado em um saquinho de pano com alguma oração escrita à mão, para afastar o mau-olhado, além da recomendação de não varrer casas à noite, pois traz doenças, nem apontar estrelas, pois causa verruga no dedo.
Outro costume muito forte é o “pão por Deus”. No início do último trimestre do ano, uma pessoa envia uma mensagem à outra, em papel cortado em rendilhas, tendo no centro uma poesia pedindo um presente. Quem recebe um “pão por Deus” tem de atender ao pedido para ser abençoado pelo Menino Jesus.
Os grupos étnicos presentes na região, assim como outros aspectos, são determinados pela chegada das colônias de imigrantes, os italianos, alemães, poloneses, açorianos. Tanto que a região Sul possui a maior parte da população branca brasileira, enquanto grupos étnicos muitos grandes em outras localidades do país, como os negros, são minoria na etnologia sulista. Mas os indígenas também são muito presentes nessa parte do Brasil.
 
DANÇA
Na dança a região recebeu várias influências, como a portuguesa, no Fandango, muito comum no Paraná, mas tem relevância também nos outros estados do Sul, e na Chimarrita, dança em que o homem é chamado de peão e a mulher de prenda. Existem ainda danças folclóricas, como a catarinense Boi de Mamão.
Na música o Fandango também pode ser citado, junto com o Vanerão, ritmo muito comum no Rio Grande do Sul e que tem origens Cubanas. Mas não é só no Rio Grande que o Vanerão é comum, como o estado influencia toda a região, o ritmo se espalhou pelos outros estados e pode ser encontrado de três formas: o Vanerão, a Vaneirinha e a vaneira, denominado de acordo com a velocidade da música.
A Região Sul é, portanto, um retrato da junção de várias culturas. A europeia é a que mais ficou marcada, na etnologia, na dança, na música etc. São perceptíveis os laços sulistas com a cultura alemã, com a cultura polonesa e com a cultura portuguesa. Mas há também laços com a cultura hispânica devido à proximidade com a Argentina e com o Uruguai. É possível encontrar na Região Sul até mesmo influências cubanas, provando toda a diversidade cultural de uma região que realmente é autossuficiente culturalmente em relação ao resto do Brasil, como diriam os habitantes da localidade.